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Discussão Off-Topic & Chat Geral => Discussão sobre o Desporto em Geral => Tópico começado por: Admin em Outubro 22, 2025, 13:00:03

Título: FC Porto explica operação que desmantelou rede de venda ilegal de bilhetes: "Estes esquemas atingiram uma escala impressionante”
Mensagem de: Admin em Outubro 22, 2025, 13:00:03

O FC Porto revelou detalhes sobre a operação que permitiu desmantelar uma das maiores redes de revenda ilegal de bilhetes alguma vez identificadas no futebol português, que estava a render dezenas de milhares de euros por jogo aos seus responsáveis.

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Em declarações ao The Guardian, o clube explicou a dimensão do esquema: "Estes esquemas atingiram uma escala impressionante, com dezenas de lugares controlados por um único indivíduo. Também identificámos empresas que processavam centenas de transações, servindo de fachada para esta atividade ilícita."

O FC Porto detalhou ainda o método usado por um dos alegados cabecilhas: o homem convencia dezenas de pessoas a cederem os seus dados pessoais, registando-as como sócias e adquirindo bilhetes de época em seus nomes, que depois revendia a preços muito superiores.

"Detetámos também bilhetes falsos vendidos a preços inflacionados. Infelizmente, nesses casos, pouco podemos fazer além de aconselhar os adeptos a não comprar em canais não oficiais", alertou o clube.

De acordo com o FC Porto, turistas estrangeiros eram os principais alvos do esquema, com ingressos a chegarem a custar até 800 euros. Centenas de lugares já foram recuperados pelo clube, mas a investigação permanece em curso e o número poderá aumentar.

A operação foi desencadeada após o jogo inaugural da época frente ao Vitória de Guimarães, a 11 de agosto, quando dois adeptos dinamarqueses relataram ter pago 200 euros por bilhete através de plataformas de revenda. Um dos bilhetes estava registado no nome de uma mulher – sócia do clube – e o outro correspondia a um passe de época digital, válido para todos os jogos da Liga se fosse usado primeiro.

Desde a eleição de André Villas-Boas como presidente, o FC Porto tem apostado num modelo digital de bilhética e na revogação de privilégios aos grupos organizados de adeptos, procurando "restaurar transparência e devolver o poder aos verdadeiros sócios", como o próprio dirigente prometeu.

Contudo, os revendedores adaptaram-se, passando a comprar lugares premium e a operar através de plataformas digitais e grupos privados de mensagens.

"O método mais comum era o uso de plataformas digitais, mas também detetámos grupos em redes sociais, WhatsApp e outros canais mais informais e discretos. O FC Porto está a monitorizar de perto a evolução destas práticas e os seus participantes", afirmou o clube.

As autoridades portuguesas integraram a operação numa investigação mais ampla iniciada em 2024, centrada em esquemas de bilhética ligados às claques.

"O FC Porto cooperou com as autoridades e tornou-se assistente no processo judicial, que decorre sob segredo de justiça", confirmou um porta-voz da polícia.

A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA) reconheceu o mérito da ação portista, mas pediu medidas estruturais para proteger os adeptos.

"Estamos a falar de um país onde o salário mínimo nem chega aos mil euros. Defendemos limites legais para os preços dos bilhetes. E não podemos esquecer que a revenda é um crime em Portugal", sublinhou Martha Gens, porta-voz da APDA.

Os envolvidos no esquema enfrentam agora consequências legais e disciplinares, podendo ser expulsos definitivamente do clube.